Mark Weisbrot |
Por Mark Weisbrot, no
The
Guardian
Tradução: Antonio Martins para Outras
Palavras
Fracassarão novamente os que
preveem derrota da nacionalização do petróleo. Há nove anos, a Argentina avança
– exatamente por desprezar o neoliberalismo
Cristina Fernández de Kirchner - Presidenta da Argentina |
A decisão do governo argentino, de
re-nacionalizar a YPF, antiga empresa estatal de petróleo e gás, foi recebida na
mídia internacional com brados de ultraje, ameaças, presságios de tormenta e
ruína e até xingamentos.
Já vimos este filme antes. Quando
o governo argentino entrou em moratória da dívida externa, no final de 2001, e
desvalorizou sua moeda algumas semanas depois, choveram lamentos e condenações
na imprensa. A medida provocaria inflação descontrolada, fecharia o crédito
internacional à Argentina e provocaria ao final escassez de divisas. A economia
iria mergulhar numa espiral de recessão.
Nove anos depois, o PIB de
Argentina cresceu cerca de 90%, o índice mais alto no hemisfério. Os índices de
desemprego estão no patamar mais baixo de todos os tempos; tanto a pobreza
quando a “pobreza extrema” foram reduzidas em dois terços. Os investimentos
sociais, já corrigidos pela inflação, quase triplicaram. Provavelmente por isso,
Cristina Kirchner foi reeleita em outubro, numa vitória arrasadora.
Esta história de sucesso raramente
é contada, em especial porque implicou reverter muitas das políticas neoliberais
fracassadas que... continue
lendo...
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